sexta-feira, 17 de outubro de 2025
Sonhos de um Sedutor
terça-feira, 14 de outubro de 2025
Diane Keaton (1946 - 2025)
Diane Keaton
Biografia
Diane Keaton nasceu em 5 de janeiro de 1946, em Los Angeles, Califórnia, EUA. Seu nome de batismo é Diane Hall, mas ela adotou o sobrenome “Keaton” (o de solteira da mãe) quando se registrou no sindicato dos atores, pois já havia outra atriz chamada Diane Hall.
Formou-se em Teatro na Neighborhood Playhouse School of the Theatre, em Nova York, e iniciou sua carreira nos palcos antes de se tornar uma estrela de Hollywood. Conhecida por sua originalidade, carisma excêntrico e estilo único, Keaton tornou-se um símbolo de independência feminina no cinema dos anos 1970 em diante.
Estréia no Teatro
Diane Keaton estreou profissionalmente no teatro no final dos anos 1960, participando de produções off-Broadway.
Seu grande destaque veio com a peça “Hair” (1968), musical revolucionário da contracultura.
Pouco depois, em 1969, foi escalada para a peça “Play It Again, Sam” (Sonhos de um Sedutor), escrita e estrelada por Woody Allen. O sucesso dessa montagem a levou ao cinema — repetindo o papel na versão cinematográfica de 1972.
🎬 Principais Filmes
Diane Keaton construiu uma filmografia rica, equilibrando comédias, dramas e romances. Entre seus principais filmes:
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O Poderoso Chefão (The Godfather, 1972) – como Kay Adams, esposa de Michael Corleone.
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Sonhos de um Sedutor (Play It Again, Sam, 1972) – com Woody Allen.
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O Poderoso Chefão – Parte II (The Godfather: Part II, 1974).
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Annie Hall (Annie Hall, 1977) – papel que a consagrou e lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz.
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Interiores (Interiors, 1978).
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Manhattan (Manhattan, 1979).
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Reds (Reds, 1981) – indicada ao Oscar por seu papel como Louise Bryant.
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A Difícil Arte de Amar (Crimes of the Heart, 1986).
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O Pai da Noiva (Father of the Bride, 1991) e O Pai da Noiva 2 (1995).
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As Filhas de Marvin (Marvin’s Room, 1996).
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Alguém Tem que Ceder (Something’s Gotta Give, 2003) – com Jack Nicholson, outra indicação ao Oscar.
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A Primeira Vista do Amor (Because I Said So, 2007).
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Book Club: O Clube do Livro (Book Club, 2018) e sua sequência (Book Club: The Next Chapter, 2023).
Prêmios Conquistados
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Oscar de Melhor Atriz – Annie Hall (1977).
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Globo de Ouro de Melhor Atriz (Comédia/Romance) – Annie Hall (1978) e Something’s Gotta Give (2004).
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BAFTA de Melhor Atriz – Annie Hall.
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Prêmio AFI Life Achievement Award (2017) – reconhecimento pelo conjunto da obra.
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Diversas indicações ao Emmy, SAG Awards e Critics Choice Awards.
Vida Pessoal e Relacionamentos com Famosos
Diane Keaton nunca se casou, algo que ela sempre mencionou com humor e orgulho.
Durante sua vida, teve relacionamentos notórios com figuras importantes do cinema:
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Woody Allen, durante os anos 1970.
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Warren Beatty, com quem atuou em Reds (1981).
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Al Pacino, seu parceiro de cena em O Poderoso Chefão — o relacionamento foi intermitente e terminou nos anos 1980.
Keaton sempre preservou sua privacidade e manteve uma imagem discreta, fora dos escândalos típicos de Hollywood.
Filhos
Diane Keaton adotou dois filhos na década de 1990:
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Dexter Keaton, adotada em 1996.
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Duke Keaton, adotado em 2001.
Ela frequentemente fala sobre como a maternidade tardia transformou sua vida.
Moda e Estilo Pessoal
Keaton é considerada um ícone fashion.
Seu estilo inconfundível combina ternos masculinos, chapéus, gravatas, coletes e roupas oversized, sempre com um toque vintage e elegante.
Desde Annie Hall, seu figurino — criado com a própria contribuição da atriz — influenciou a moda feminina, tornando o estilo andrógino uma tendência mundial.
Ela é conhecida por usar roupas de alfaiataria, cores neutras e acessórios ousados, sendo referência de autenticidade e sofisticação.
Legado
Diane Keaton é uma das atrizes mais respeitadas de Hollywood, símbolo de independência, talento e estilo.
Sua carreira influenciou gerações de atrizes por sua capacidade de transitar entre a comédia romântica e o drama com naturalidade.
Além de atriz, é diretora, produtora e escritora, tendo publicado livros de memórias e de fotografia.
Seu legado ultrapassa o cinema: representa a mulher moderna, criativa e livre das convenções — tanto na arte quanto na vida.
Cronologia da Carreira de Diane Keaton
Década de 1960 – Início no Teatro
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1966–1968: Estuda teatro na Neighborhood Playhouse School of the Theatre, em Nova York.
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1968: Faz sua estreia profissional no musical Hair, um dos símbolos da contracultura.
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1969: Participa da peça Play It Again, Sam, escrita por Woody Allen — peça que muda sua vida profissional.
Década de 1970 – Ascensão e Consagração
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1970: Faz pequenas participações em séries e programas de TV.
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1972: Estreia no cinema com destaque em Play It Again, Sam (Sonhos de um Sedutor).
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1972: É escalada por Francis Ford Coppola para viver Kay Adams em O Poderoso Chefão, papel que a projeta internacionalmente.
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1974: Retorna na sequência O Poderoso Chefão: Parte II.
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1977: Interpreta Annie Hall no filme homônimo de Woody Allen, pelo qual ganha o Oscar, BAFTA e Globo de Ouro de Melhor Atriz.
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1978: Atua em Interiores, um drama familiar de Woody Allen.
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1979: Brilha em Manhattan, um dos maiores sucessos de Allen.
Marco: Diane Keaton torna-se ícone do cinema e símbolo do estilo “natural e independente” da mulher moderna dos anos 1970.
Década de 1980 – Reconhecimento e Maturidade
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1981: Atua e é indicada ao Oscar por Reds, dirigido por Warren Beatty.
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1982: Protagoniza Shoot the Moon, drama familiar elogiado pela crítica.
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1984: Faz Mrs. Soffel, drama histórico com Mel Gibson.
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1986: Atua em Crimes of the Heart, ao lado de Jessica Lange e Sissy Spacek.
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1987: Dirige seu primeiro longa-metragem, Heaven, um documentário filosófico sobre a ideia de paraíso.
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1989: Dirige o filme para TV Wildflower, com Patricia Arquette e Reese Witherspoon.
Marco: Expande sua carreira como diretora, demonstrando interesse por temas existenciais e visuais experimentais.
Década de 1990 – Popularidade e Diversificação
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1991: Retorna às grandes bilheterias com O Pai da Noiva, com Steve Martin.
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1993: Dirige Amelia Earhart: The Final Flight (TV).
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1995: Lança O Pai da Noiva 2.
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1996: Ganha aclamação com As Filhas de Marvin (Marvin’s Room), ao lado de Meryl Streep e Leonardo DiCaprio — indicada novamente ao Oscar.
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1997: Dirige Unstrung Heroes, filme indicado ao Globo de Ouro.
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1999: Atua em The Other Sister e Hanging Up (também dirigida por ela).
Marco: Torna-se uma figura estável em Hollywood, transitando entre papéis de mãe e mulher independente, mantendo sempre o prestígio artístico.
Década de 2000 – Reencontro com o Sucesso Popular
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2000: Estrela Town & Country com Warren Beatty.
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2003: Protagoniza Alguém Tem que Ceder (Something’s Gotta Give), com Jack Nicholson — sucesso mundial e nova indicação ao Oscar e Globo de Ouro.
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2005: Atua em O Casamento de Rachel e A Família Stone (The Family Stone).
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2007: Estrela a comédia romântica Because I Said So (A Primeira Vista do Amor).
Marco: Reafirma-se como ícone de comédias românticas maduras, mostrando que talento e charme não têm idade em Hollywood.
Década de 2010 – Livros, TV e Reconhecimento
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2010: Lança seu livro de memórias Then Again, dedicado à sua mãe.
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2013: Publica o livro Let’s Just Say It Wasn’t Pretty, sobre beleza, envelhecimento e autenticidade.
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2016: Atua em Love the Coopers e em Finding Dory (voz).
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2017: Recebe o AFI Life Achievement Award, a maior honraria do cinema americano.
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2018: Retorna com a comédia Book Club, sucesso de público.
Marco: Torna-se referência cultural também como escritora e figura inspiradora para mulheres maduras no entretenimento.
Década de 2020 – Ícone Ativo e Atemporal
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2020: Continua aparecendo em produções leves e elegantes, além de entrevistas e eventos sobre cinema e moda.
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2023: Lança Book Club: The Next Chapter, sequência do sucesso anterior.
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Trabalha também em projetos de arquitetura, restauração de casas antigas e fotografia, áreas pelas quais é apaixonada.
Marco: Aos 70+ anos, mantém relevância artística e carisma público, sendo uma das poucas atrizes da Nova Hollywood ainda em plena atividade.
🎬 Como Diretora e Produtora
Diane Keaton dirigiu diversos projetos que exploram o visual, a filosofia e a emoção humana:
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Heaven (1987) – documentário sobre a ideia de paraíso.
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Wildflower (1991) – filme para TV indicado ao Globo de Ouro.
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Amelia Earhart: The Final Flight (1994) – filme biográfico para televisão.
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Unstrung Heroes (1995) – drama familiar indicado ao Globo de Ouro.
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Hanging Up (2000) – comédia dramática estrelada por Meg Ryan e Lisa Kudrow.
Além disso, produziu e atuou em diversos projetos independentes e documentários sobre arquitetura e fotografia.
Legado Final
Diane Keaton é um ícone cultural completo:
Atriz premiada e respeitada por críticos e público.
Escritora de sucesso e cronista da vida feminina moderna.
Ícone fashion eterno, com estilo inconfundível e autêntico.
Representante da mulher autônoma, criativa e fora dos padrões convencionais de Hollywood.
sábado, 30 de agosto de 2025
Manhattan
Título Original: Manhattan
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos
Estúdio: Jack Rollins & Charles H. Joffe Productions
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen, Marshall Brickman
Elenco: Woody Allen, Diane Keaton, Meryl Streep, Mariel Hemingway
Sinopse:
Isaac (Woody Allen) é um sujeito muito mal resolvido na vida sentimental. Ele acabou de se divorciar de Jill (Meryl Streep) mas não consegue cortar os laços afetivos com ela. Ao mesmo tempo está indeciso entre qual mulher ficará, Mary (Diane Keaton) ou Tracy (Mariel Hemingway), uma jovem estudante? No meio de tantas dúvidas resolve escrever um livro sobre aspectos pessoais de sua própria vida. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Mariel Hemingway) e Melhor Roteiro Original (Woody Allen, Marshall Brickman). Também indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Filme - Drama.
Comentários:
Um dos filmes mais queridos da carreira de Woody Allen. Por essa época o diretor e ator já estava deixando completamente de lado sua imagem de humorista trapalhão para assumir uma postura bem mais cult e intelectual. "Manhattan" é bem isso. Uma tentativa (muito bem sucedida, aliás) de ser visto finalmente como diretor autoral, com conteúdo, que tinha algo relevante a dizer. Hoje em dia Allen está fazendo uma verdadeira tour mundial realizando filmes em diversas cidades mundo afora mas não é segredo para ninguém que ele ama mesmo é a cosmopolita Nova Iorque. Quem duvida ainda da afirmação precisa ver (ou rever) esse filme para entender. Allen adota um tom de carinho mesmo pela cidade, fazendo um painel muito amoroso com os recantos da grande maçã. Já em relação ao roteiro, sobre um homem de quarenta e poucos anos envolvido em diversos problemas amorosos não podemos deixar de fazer uma ligação com a própria vida do diretor. Os filmes de Allen sempre foram em maior ou menor grau apenas autobiografias disfarçadas em celuloide. Recentemente o diretor foi acusado por um de seus filhos adotivos de ter mantido relações indecorosas quando ela ainda era menor de idade. Pois bem, nesse roteiro Allen também se vê apaixonado por uma garota de apenas 17 anos! A vida imita a arte? Quem sabe...
Pablo Aluísio.