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sábado, 5 de julho de 2025

Cry-Baby

Título no Brasil: Cry-Baby
Título Original: Cry-Baby
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Focus
Direção: John Waters
Roteiro: John Waters
Elenco: Johnny Depp, Tracy Lords, Iggy Pop, Willie Dafoe e Amy Locane

Sinopse: 
A cidade é Baltimore, o ano é 1954. Wade "Cry-Baby" Walker (Johnny Depp) é um "Teddy Boy" que lidera um grupo de outsiders. No bairro e na escola tem o sugestivo apelido de "Cry-Baby" justamente por causa de algo bem singular em si mesmo: ele chora apenas por um olho! Embora se faça de durão ele na verdade está apaixonado pela bela Allison Vernon-Williams (Amy Locane), uma garota rica que parece estar fora de seu alcance uma vez que seus parentes o odeiam. Afinal todos pensam que "Cry-Baby" é apenas um delinqüente juvenil sem qualquer futuro pela frente.

Comentários:
Acredito que pouquíssimas pessoas vão lembrar desse filme. A razão é simples: poucas pessoas viram "Cry-Baby" na época de seu lançamento. No comecinho da carreira o jovem Johnny Depp já colocava as asinhas de fora estrelando um filme do cineasta (e maluco de plantão) John Waters. Quem assistiu já sabe, o filme é todo fora do convencional. Tem até a ex estrela pornô Traci Lords, que foi colocada no elenco como provocação mesmo: na época várias pessoas da indústria pornô estavam sendo presas por causa dela (mas isso é uma outra história). Sinceramente não me lembro de ter visto Cry-Baby na TV. Acho inclusive que deve ser inédito até em dvd no Brasil (me corrijam se estiver enganado). É um filme raro e dificil de achar mas recomendo aos fãs do trabalho de Depp pois ele está impagável na pele de um personagem que mistura de uma vez só James Dean, Marlon Brando e Elvis Presley. Ele também canta no filme (e não é que o cara já cantava bem há mais de 20 anos!). Não é de se espantar já que ele mesmo se considera um músico frustrado que virou ator por necessidade. Enfim, para quem gosta do cinema subversivo de Waters, "Cry-Baby" é um prato cheio - de brilhantina é claro!

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de junho de 2025

Platoon

Quando era apenas um jovem entusiasmado pela honra de servir ao seu país, Oliver Stone se alistou no exército norte-americano na mesma época em que se agravava a Guerra do Vietnã. Voluntário, idealista, Stone iria encontrar nas selvas asiáticas o oposto do que ansiava: tropas despreparadas, negros e pobres, oficiais sem direção, abuso de drogas e muita indisciplina. Um caos. Mergulhado no meio do inferno daquele conflito ele conseguiu sobreviver, saindo ileso do campo de batalha. De volta aos EUA resolveu exorcizar tudo o que passou escrevendo o roteiro desse "Platoon". Apesar de tudo o filme não é integralmente autobiográfico como muitos pensam. Stone certamente tirou muito de sua experiência pessoal e inseriu no texto porém ao mesmo tempo criou personagens totalmente de ficção para dar suporte dramático ao enredo. O que se vê nas telas é um choque. O cinema americano já havia mostrado o horror dessa guerra insana e inglória antes, principalmente em "Apocalypse Now", a obra prima de Francis Ford Coppola, mas "Platoon" vinha para inaugurar um novo ciclo. 

Depois de seu sucesso de público e crítica os estúdios correram atrás e produziram diversas fitas cujo tema girava em torno da intervenção americana naquele país sem importância do sudeste asiático. Depois que Stone visitou as selvas em "Platoon" outros grandes cineastas seguiram pelo mesmo caminho como Stanley Kubrick e o ótimo "Nascido Para Matar". O enredo de "Platoon" gira em torno de Chris (Charlie Sheen), jovem americano que se alistou voluntariamente no exército por puro patriotismo. Enviado para o Vietnã ele sente na própria carne a decadência das forças armadas de seu país. Lá encontra dois sargentos que são opostos entre si. Barnes (Tom Berenger) é um sujeito linha dura, beirando às raias da insanidade causada pela guerra. Do outro lado surge o bondoso Elias (Willem Dafoe), cuja força moral ainda traz um mínimo de dignidade ao seu pelotão. Tentando sobreviver um dia de cada vez Chris aos poucos começa a entender a sordidez das operações, a desumanidade e o universo caótico em que se encontra. "Platoon" foi visto na época de seu lançamento como um acerto de contas da arte cinematográfica com o conflito perdido pelos americanos. A Academia reconheceu a importância do filme e o indicou a sete Oscar, tendo vencido quatro (Melhor filme, diretor, som, montagem). Visto hoje em dia o filme ainda soa bastante relevante dando fundamento ao seu lema publicitário: "O Inferno existe e se chama Guerra".  

Platoon (Platoon, Estados Unidos, 1986) Direção: Oliver Stone / Roteiro: Oliver Stone / Elenco: Charlie Sheen, Willem Dafoe, Tom Berenger, Forest Whitaker, Kevin Dillon, Johnny Depp / Sinopse: Chris (Charlie Sheen) é um jovem americano que decide se alistar no exército na época da guerra do Vietnã. O que presenciará no front irá mudá-lo pelo resto de sua vida.  Filme premiado com o Oscar na categoria de melhor filme.

Pablo Aluísio.