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quinta-feira, 1 de maio de 2025

Serpico

Frank Serpico (Al Pacino) é um jovem policial que é transferido para uma corporação da polícia de Nova Iorque onde impera a corrupção e a fraude. Tendo sempre uma postura ética sua forma de atuar e agir logo entra em confronto com seus colegas policiais. Disposto a revelar a situação em seu trabalho, Serpico começa a ser hostilizado e ameaçado pelos tiras corruptos de sua unidade. "Serpico" faz parte de uma série de filmes americanos que na década de 70 tocaram em temas polêmicos e controversos. O foco aqui é na corrupção policial que imperava em Nova Iorque na época. Pequenos e grandes golpes eram comuns entre a força policial. A onda de crimes ia desde extorsão até mesmo assassinatos encomendados. Tentando ser um policial honesto, Serpico foi diretamente ameaçado pela banda podre do regimento do qual fazia parte. 

O filme é baseado em fatos reais. Até hoje o verdadeiro Frank Serpico vive no serviço de proteção às testemunhas, isso porque ele ajudou efetivamente a condenar vários policiais corruptos de Nova Iorque. Nem é preciso dizer que isso automaticamente o transformou em um alvo ambulante, colecionando inúmeras ameaças de morte ao longo de sua vida. "Serpico" consagrou o talento de Al Pacino. De fato essa foi uma das fases mais brilhantes de sua carreira. Ele acabara de fazer "O Poderoso Chefão" onde sua atuação foi unanimemente elogiada e estava prestes a filmar sua continuação, também igualmente maravilhosa. Além disso nos anos seguintes novas atuações magníficas surgiriam em sequência: "Um Dia de Cão", "Justiça Para Todos" e "Parceiros da Noite". 

Uma sucessão de grandes filmes e inspiradas atuações. Para dirigir um tema tão instigante e desafiador a Paramount escalou o cineasta Sidney Lumet (falecido em 2011). O diretor procurou por uma linha narrativa quase jornalística, justamente para lembrar constantemente ao espectador de que se tratava de um filme fundado numa história verídica acontecida há pouco tempo. Aliás a questão envolvendo "Serpico" ainda estava na ordem do dia quando as filmagens começaram e muitos membros da equipe temiam até mesmo sofrer algum tipo de represália pelo tema do filme. No final tudo correu bem. Al Pacino foi premiado com o Globo de Ouro por sua atuação e a produção foi indicada a várias categorias da Academia, entre elas, melhor ator e melhor roteiro adaptado. Um merecido reconhecimento a um simples policial de Nova Iorque que só queria ser honesto e correto. 

Serpico (Serpico, Estados Unidos, 1973) Direção: Sidney Lumet / Roteiro: Waldo Salt, Norman Wexler baseados no livro "Serpico" de Peter Maas / Elenco: Al Pacino, John Randolph, Jack Kahoe / Sinopse: Frank Serpico (Al Pacino) é um jovem policial que é transferido para uma corporação da polícia de Nova Iorque onde impera a corrupção e a fraude. Tendo sempre uma postura ética sua forma de atuar e agir logo entra em confronto com a banda podre da polícia de Nova Iorque.  

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 24 de abril de 2025

Os Viciados

Título no Brasil: Os Viciados
Título Original: The Panic in Needle Park
Ano de Lançamento: 1971
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Jerry Schatzberg
Roteiro: James Mills, Joan Didion
Elenco: Al Pacino, Kitty Winn, Raul Julia, Alan Vint, Richard Bright, Kiel Martin, Michael McClanathan

Sinopse:
Nesse filme o ator Al Pacino interpreta um viciado em heroína que vive em Needle Park, conhecida região de Nova Iorque onde os junkies da época se encontravam. Lá ele conhece uma jovem mulher, também com problemas de vício. Juntos eles vão tentar sobreviver nas ruas da grande cidade, ora dando pequenos golpes, ora partindo para roubos, tudo com o objetivo de conseguir o dinheiro da próxima dose de heroína. 

Comentários:
Esse filme chocou o público na época de seu lançamento. Assistindo depois de tantas décadas posso entender a razão de toda essa reação e polêmica. É um filme forte, com cenas que até hoje causam desconforto. O filme não poupa ninguém, muito menos o espectador. O vício é mostrado em todos os detalhes. A agulha com heroína é mostrada em close up entrando nas veias dos drogados. Não é fácil, mostrando toda a sordidez desse grave problema social e de saúde pública. O diretor inclusive usou viciados reais nessas tomadas de cena, algo que escondeu do estúdio e que só foi descoberto depois, quando o filme chegou nos cinemas. O casal protagonista da história está perdido na vida. O personagem de Pacino tem um irmão, ladrão profissional. Ele o coloca em planos de roubos que nem sempre dão muito certos. A namorada dele é dada a prostituição. Enquanto o personagem de Pacino está cumprindo pena, ela para sobreviver acaba se prostituindo pelas ruas. Enfim, bom filme, mas bem barra pesada. Um filme desses lançado no começo dos anos 70 representava bem a chegada do realismo mais forte no cinema norte-americano. Os tempos de inocência tinham ficado definitivamente no passado. 

Pablo Aluísio.