terça-feira, 28 de outubro de 2025
Razão e Sensibilidade
Título Original: Sense and Sensibility
Ano de Produção: 1995
País: Inglaterra, Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ang Lee
Roteiro: Emma Thompson
Elenco: Emma Thompson, Kate Winslet, Hugh Grant, Alan Rickman, James Fleet, Gemma Jones
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Jane Austen, o filme "Razão e Sensibilidade" conta a história de Elinor Dame (Emma Thompson). Quando seu pai falece e deixa toda a herança para um filho de outro casamento, ela e suas irmãs, mais sua mae, ficam numa situação financeira bem ruim e isso em um tempo de sua vida que ela é também pressionada para arranjar um marido rico para se casar. Filme vencedor do Oscar na categoria de melhor roteiro adaptado(Emma Thompson).
Comentários:
Tive a oportunidade de assistir no cinema, na época de seu lançamento original. Esse filme é um primor de elegância e estilo. Não poderia ser diferente, uma vez que é a adaptação de um dos maiores clássicos da literatura inglesa, um romance escrito pela genial Jane Austen. Quem conhece sua obra sabe do que se trata. Ela escreveu sobre a sociedade britânica de seu tempo, os valores sociais que imperavam, as pequenas e grande hipocrisias, as dificuldades de ser um mulher inteligente e de personalidade dentro daquele meio social. Em um tempo cheio de muitos preconceitos e costumes rígidos, era extremamente complicado pensar de uma maneira original e até mesmo mais sensata. Esse filme foi um grande sucesso de crítica, sendo considerado um dos melhores de seu ano de lançamento. O detalhe diferenciado é que apesar de ser um material extremamente ligado à cultura da Inglaterra vitoriana, foi dirigido por um oriental, Ang Lee. O surpreendente é que apesar dessas diferenças culturas básicas, o filme como um todo deu muito certo. È um dos melhores dos anos 90, sem dúvida. Além de ter sido premiado com o Oscar de melhor roteiro adaptado, "Razão e Sensibilidade" ainda foi indicado nas categorias de melhor filme, melhor atriz (Emma Thompson), melhor atriz coadjuvante (Kate Winslet), melhor direção de fotografia (Michael Coulter), melhor figurino (Jenny Beavan, John Bright) e melhor música (Patrick Doyle).
Pablo Aluísio.
sábado, 25 de outubro de 2025
Jane Eyre
Jane EyreA produção é da BBC Films, então bom gosto e classe refinados é o mínimo a se esperar. A direção é meio burocrática, sem grandes arroubos autorais o que é de se compreender pois o diretor Cary Fukunaga (que apesar do nome é americano) quis apenas contar a estória do livro sem tirar nem colocar nada. Quis ser eficiente e correto. Se não atrapalha também não emociona. Percebi que diante de tanto zelo pela obra original o filme acabou soando frio, gélido, sem grandes emoções. Até mesmo o romance central (que deveria ser um arroubo de paixões descontroladas) se torna morno. De qualquer forma ainda recomendo por causa da bonita produção, dos belos jardins e da chance de conhecer, nem que seja pela tela, a obra da escritora inglesa Charlotte Bront.
Jane Eyre (Jane Eyre, Estados Unidos, 2011) Direção: Cary Fukunaga / Roteiro: Moira Buffini / Elenco: Mia Wasikowska, Jamie Bell e Sally Hawkins / Sinopse: Jane Eyre (Mia Wasikowska) morava com sua tia, e ao ficar órfã é levada para morar em um internato. Quando adulta, ela vai trabalhar como governanta na casa de Edward Rochester (Michael Fassbender) mas em breve o destino mudará completamente sua vida.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Madame Bovary
Nesse filme o diretor Sophie Barthes procurou não adaptar todo o enredo do livro original, mas apenas parte dele, o núcleo principal de sua estória. Assim personagens secundários foram eliminados (como a sogra e a filha de Emma na literatura), se concentrando apenas na personalidade sui generis da principal personagem. Emma, aqui interpretada pela atriz Mia Wasikowska (uma de minhas atrizes preferidas dessa nova geração), tem seu passado mostrado em rápidas cenas iniciais. Ela foi órfã, criada em um convento católico. Inicialmente ela pensa se tornar freira, mas depois, com a chegada da juventude, quando atinge a idade de se casar, acaba sendo prometida em casamento a um jovem médico do interior, Charles (Henry Lloyd-Hughes).
O começo de seu casamento é até promissor. O marido é um bom homem, trabalhador e responsável. Infelizmente ele também é completamente destituído de carisma pessoal, um sujeito enfadonho e chato. No fundo Emma não o ama. O casamento foi apenas uma questão de conveniência em sua vida. O tédio que a vida de Emma vai se transformando acaba mudando até mesmo seu jeito de ser. De origem humilde, calada e tímida, ela começa a desenvolver gosto pelo luxo e pela ostentação. Começa a gastar furiosamente, comprando vestidos caros, da moda. Em pouco tempo resolve remodelar toda a sua casa, comprando móveis, tapetes e utensílios vultuosos, algo que seu marido, mesmo sendo um médico, não consegue mais pagar. Pior do que isso, ela começa a flertar com outros homens interessantes da região, como um Marquês que acaba acendendo nela finalmente a chama da paixão em seu coração.
A partir daí começa o desastre. As coisas vão perdendo o rumo e Emma vai se tornando uma pária social, por causa de seu comportamento transgressor. O filme (e obviamente o livro que lhe deu origem) procura sutilmente mostrar as mudanças de comportamento que foram surgindo ao longo do século XIX, quando as mulheres passaram a ter uma postura e uma atitude mais ativas, seguindo seus próprios instintos, não se conformando em ser apenas aquele tipo de dona de casa apagada, vivendo eternamente à sombra do marido ou de um casamento infeliz. Com ótima produção, perfeita reconstituição histórica, excelente trilha sonora incidental (toda ao piano, em peças clássicas), o filme é aquele tipo de produção que vai satisfazer até mesmo os gostos mais sofisticados e exigentes.
Madame Bovary (Madame Bovary, Estados Unidos, Bélgica, Alemanha, 2014) Direção: Sophie Barthes / Roteiro: Felipe Marino (assinando como Rose Barreneche), baseado na obra de Gustave Flaubert / Elenco: Mia Wasikowska, Henry Lloyd-Hughes, Logan Marshall-Green, Paul Giamatti, Laura Carmichael / Sinopse: Emma (Mia Wasikowska) é uma jovem órfã e pobre que após se casar com um médico do interior começa a adquirir o gosto pelo luxo - e pela luxúria, colocando em polvorosa uma pequena cidade de hábitos conservadores do século XIX.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 17 de outubro de 2025
Sonhos de um Sedutor
terça-feira, 14 de outubro de 2025
Diane Keaton (1946 - 2025)
Diane Keaton
Biografia
Diane Keaton nasceu em 5 de janeiro de 1946, em Los Angeles, Califórnia, EUA. Seu nome de batismo é Diane Hall, mas ela adotou o sobrenome “Keaton” (o de solteira da mãe) quando se registrou no sindicato dos atores, pois já havia outra atriz chamada Diane Hall.
Formou-se em Teatro na Neighborhood Playhouse School of the Theatre, em Nova York, e iniciou sua carreira nos palcos antes de se tornar uma estrela de Hollywood. Conhecida por sua originalidade, carisma excêntrico e estilo único, Keaton tornou-se um símbolo de independência feminina no cinema dos anos 1970 em diante.
Estréia no Teatro
Diane Keaton estreou profissionalmente no teatro no final dos anos 1960, participando de produções off-Broadway.
Seu grande destaque veio com a peça “Hair” (1968), musical revolucionário da contracultura.
Pouco depois, em 1969, foi escalada para a peça “Play It Again, Sam” (Sonhos de um Sedutor), escrita e estrelada por Woody Allen. O sucesso dessa montagem a levou ao cinema — repetindo o papel na versão cinematográfica de 1972.
🎬 Principais Filmes
Diane Keaton construiu uma filmografia rica, equilibrando comédias, dramas e romances. Entre seus principais filmes:
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O Poderoso Chefão (The Godfather, 1972) – como Kay Adams, esposa de Michael Corleone.
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Sonhos de um Sedutor (Play It Again, Sam, 1972) – com Woody Allen.
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O Poderoso Chefão – Parte II (The Godfather: Part II, 1974).
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Annie Hall (Annie Hall, 1977) – papel que a consagrou e lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz.
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Interiores (Interiors, 1978).
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Manhattan (Manhattan, 1979).
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Reds (Reds, 1981) – indicada ao Oscar por seu papel como Louise Bryant.
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A Difícil Arte de Amar (Crimes of the Heart, 1986).
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O Pai da Noiva (Father of the Bride, 1991) e O Pai da Noiva 2 (1995).
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As Filhas de Marvin (Marvin’s Room, 1996).
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Alguém Tem que Ceder (Something’s Gotta Give, 2003) – com Jack Nicholson, outra indicação ao Oscar.
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A Primeira Vista do Amor (Because I Said So, 2007).
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Book Club: O Clube do Livro (Book Club, 2018) e sua sequência (Book Club: The Next Chapter, 2023).
Prêmios Conquistados
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Oscar de Melhor Atriz – Annie Hall (1977).
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Globo de Ouro de Melhor Atriz (Comédia/Romance) – Annie Hall (1978) e Something’s Gotta Give (2004).
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BAFTA de Melhor Atriz – Annie Hall.
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Prêmio AFI Life Achievement Award (2017) – reconhecimento pelo conjunto da obra.
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Diversas indicações ao Emmy, SAG Awards e Critics Choice Awards.
Vida Pessoal e Relacionamentos com Famosos
Diane Keaton nunca se casou, algo que ela sempre mencionou com humor e orgulho.
Durante sua vida, teve relacionamentos notórios com figuras importantes do cinema:
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Woody Allen, durante os anos 1970.
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Warren Beatty, com quem atuou em Reds (1981).
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Al Pacino, seu parceiro de cena em O Poderoso Chefão — o relacionamento foi intermitente e terminou nos anos 1980.
Keaton sempre preservou sua privacidade e manteve uma imagem discreta, fora dos escândalos típicos de Hollywood.
Filhos
Diane Keaton adotou dois filhos na década de 1990:
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Dexter Keaton, adotada em 1996.
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Duke Keaton, adotado em 2001.
Ela frequentemente fala sobre como a maternidade tardia transformou sua vida.
Moda e Estilo Pessoal
Keaton é considerada um ícone fashion.
Seu estilo inconfundível combina ternos masculinos, chapéus, gravatas, coletes e roupas oversized, sempre com um toque vintage e elegante.
Desde Annie Hall, seu figurino — criado com a própria contribuição da atriz — influenciou a moda feminina, tornando o estilo andrógino uma tendência mundial.
Ela é conhecida por usar roupas de alfaiataria, cores neutras e acessórios ousados, sendo referência de autenticidade e sofisticação.
Legado
Diane Keaton é uma das atrizes mais respeitadas de Hollywood, símbolo de independência, talento e estilo.
Sua carreira influenciou gerações de atrizes por sua capacidade de transitar entre a comédia romântica e o drama com naturalidade.
Além de atriz, é diretora, produtora e escritora, tendo publicado livros de memórias e de fotografia.
Seu legado ultrapassa o cinema: representa a mulher moderna, criativa e livre das convenções — tanto na arte quanto na vida.
Cronologia da Carreira de Diane Keaton
Década de 1960 – Início no Teatro
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1966–1968: Estuda teatro na Neighborhood Playhouse School of the Theatre, em Nova York.
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1968: Faz sua estreia profissional no musical Hair, um dos símbolos da contracultura.
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1969: Participa da peça Play It Again, Sam, escrita por Woody Allen — peça que muda sua vida profissional.
Década de 1970 – Ascensão e Consagração
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1970: Faz pequenas participações em séries e programas de TV.
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1972: Estreia no cinema com destaque em Play It Again, Sam (Sonhos de um Sedutor).
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1972: É escalada por Francis Ford Coppola para viver Kay Adams em O Poderoso Chefão, papel que a projeta internacionalmente.
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1974: Retorna na sequência O Poderoso Chefão: Parte II.
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1977: Interpreta Annie Hall no filme homônimo de Woody Allen, pelo qual ganha o Oscar, BAFTA e Globo de Ouro de Melhor Atriz.
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1978: Atua em Interiores, um drama familiar de Woody Allen.
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1979: Brilha em Manhattan, um dos maiores sucessos de Allen.
Marco: Diane Keaton torna-se ícone do cinema e símbolo do estilo “natural e independente” da mulher moderna dos anos 1970.
Década de 1980 – Reconhecimento e Maturidade
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1981: Atua e é indicada ao Oscar por Reds, dirigido por Warren Beatty.
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1982: Protagoniza Shoot the Moon, drama familiar elogiado pela crítica.
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1984: Faz Mrs. Soffel, drama histórico com Mel Gibson.
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1986: Atua em Crimes of the Heart, ao lado de Jessica Lange e Sissy Spacek.
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1987: Dirige seu primeiro longa-metragem, Heaven, um documentário filosófico sobre a ideia de paraíso.
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1989: Dirige o filme para TV Wildflower, com Patricia Arquette e Reese Witherspoon.
Marco: Expande sua carreira como diretora, demonstrando interesse por temas existenciais e visuais experimentais.
Década de 1990 – Popularidade e Diversificação
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1991: Retorna às grandes bilheterias com O Pai da Noiva, com Steve Martin.
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1993: Dirige Amelia Earhart: The Final Flight (TV).
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1995: Lança O Pai da Noiva 2.
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1996: Ganha aclamação com As Filhas de Marvin (Marvin’s Room), ao lado de Meryl Streep e Leonardo DiCaprio — indicada novamente ao Oscar.
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1997: Dirige Unstrung Heroes, filme indicado ao Globo de Ouro.
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1999: Atua em The Other Sister e Hanging Up (também dirigida por ela).
Marco: Torna-se uma figura estável em Hollywood, transitando entre papéis de mãe e mulher independente, mantendo sempre o prestígio artístico.
Década de 2000 – Reencontro com o Sucesso Popular
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2000: Estrela Town & Country com Warren Beatty.
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2003: Protagoniza Alguém Tem que Ceder (Something’s Gotta Give), com Jack Nicholson — sucesso mundial e nova indicação ao Oscar e Globo de Ouro.
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2005: Atua em O Casamento de Rachel e A Família Stone (The Family Stone).
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2007: Estrela a comédia romântica Because I Said So (A Primeira Vista do Amor).
Marco: Reafirma-se como ícone de comédias românticas maduras, mostrando que talento e charme não têm idade em Hollywood.
Década de 2010 – Livros, TV e Reconhecimento
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2010: Lança seu livro de memórias Then Again, dedicado à sua mãe.
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2013: Publica o livro Let’s Just Say It Wasn’t Pretty, sobre beleza, envelhecimento e autenticidade.
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2016: Atua em Love the Coopers e em Finding Dory (voz).
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2017: Recebe o AFI Life Achievement Award, a maior honraria do cinema americano.
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2018: Retorna com a comédia Book Club, sucesso de público.
Marco: Torna-se referência cultural também como escritora e figura inspiradora para mulheres maduras no entretenimento.
Década de 2020 – Ícone Ativo e Atemporal
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2020: Continua aparecendo em produções leves e elegantes, além de entrevistas e eventos sobre cinema e moda.
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2023: Lança Book Club: The Next Chapter, sequência do sucesso anterior.
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Trabalha também em projetos de arquitetura, restauração de casas antigas e fotografia, áreas pelas quais é apaixonada.
Marco: Aos 70+ anos, mantém relevância artística e carisma público, sendo uma das poucas atrizes da Nova Hollywood ainda em plena atividade.
🎬 Como Diretora e Produtora
Diane Keaton dirigiu diversos projetos que exploram o visual, a filosofia e a emoção humana:
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Heaven (1987) – documentário sobre a ideia de paraíso.
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Wildflower (1991) – filme para TV indicado ao Globo de Ouro.
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Amelia Earhart: The Final Flight (1994) – filme biográfico para televisão.
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Unstrung Heroes (1995) – drama familiar indicado ao Globo de Ouro.
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Hanging Up (2000) – comédia dramática estrelada por Meg Ryan e Lisa Kudrow.
Além disso, produziu e atuou em diversos projetos independentes e documentários sobre arquitetura e fotografia.
Legado Final
Diane Keaton é um ícone cultural completo:
Atriz premiada e respeitada por críticos e público.
Escritora de sucesso e cronista da vida feminina moderna.
Ícone fashion eterno, com estilo inconfundível e autêntico.
Representante da mulher autônoma, criativa e fora dos padrões convencionais de Hollywood.
sábado, 11 de outubro de 2025
Filmografia Robert Redford
quinta-feira, 9 de outubro de 2025
Descalços no Parque
Título Original: Barefoot in the Park
Ano de Produção: 1967
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Gene Saks
Roteiro: Neil Simon
Elenco: Robert Redford, Jane Fonda, Charles Boyer, Mildred Natwick
Sinopse:
Um jovem casal recém-casado se muda para um pequeno e frio apartamento em Nova Iorque. Ele, Paul Bratter (Robert Redford), é um advogado em começo de carreira, conservador e presunçoso. Ela, Corie Bratter (Jane Fonda), acaba sendo o extremo oposto dele, uma jovem com ideias liberais, espírito livre e independente, que gosta de fazer tudo o que lhe traga prazer e aventura. Mesmo sendo tão diferentes vão morar juntos nesse prédio localizado no Washington Square Park, onde aprenderão a viver a dura rotina de um casamento. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Mildred Natwick). Também indicado ao Bafta Awards na categoria de Melhor Atriz (Jane Fonda).
Comentários:
Baseado numa peça teatral escrita pelo ótimo Neil Simon, "Barefoot in the Park" é um clássico romântico que se desenvolve na rotina desse casal que, aos poucos, vai descobrindo as delícias e torturas de se viver sob um mesmo teto. Além de possuírem personalidades conflitantes (a ponto inclusive de pararmos para perguntar como se apaixonaram!), eles precisam contornar os pequenos problemas do dia a dia, a rotina maçante e enervante de ter que conviver no cotidiano. Costuma-se dizer que nada é mais eficaz para se destruir um relacionamento e uma paixão do que o próprio casamento! Ironias à parte, o que vale mesmo aqui é a ótima atuação tanto de Robert Redford como de Jane Fonda (interpretando uma personagem que diga-se de passagem é quase uma caricatura de si mesmo, de sua vida real). Ambos estavam jovens e adoráveis e a excelente química deles funciona perfeitamente bem. Só não recomendo o filme para pessoas que não gostam muito de tramas passadas quase que inteiramente dentro de ambientes fechados, com muitos diálogos e jeitão de peça de teatro. O filme é bem isso, por essa razão se esse não for o seu tipo de filme é melhor esquecer. Não que se trate de algo chato, pelo contrário, o humor de Neil Simon alivia bastante esse aspecto, mas o estilo teatral realmente se impõe em vários momentos. No mais, para quem gosta de boas atuações e bom cinema, "Descalços no Parque" é uma ótima pedida para se assistir a dois, mesmo que isso acabe dando margem para intermináveis discussões sobre seu próprio relacionamento amoroso depois com sua companheira.
Pablo Aluísio.






