Elizabeth I (1533 -1603) também conhecida no Brasil como Isabel I, foi uma das rainhas mais controvertidas da história britânica. Governou a nação em um período particularmente turbulento onde se proliferaram as pestes, as guerras e a forme em seus vastos domínios. Vivendo em um mundo dominado por interesses poderosos e líder de uma corte onde planos de conspiração para matá-la estavam na ordem do dia, Elizabeth teve que adotar uma postura dura e implacável contra seus inimigos. Era filha de Henrique VIII, um dos monarcas absolutistas mais sanguinários que se tem notícia. Para se ter uma idéia ele matou a mãe de Elizabeth, Ana Bolena, após ter desconfianças de que ela o estaria traindo. Elizabeth foi poupada embora muitos nobres da época defendessem que também deveria ser morta para erradicar a sujeira e a raça de Ana Bolena dentro da linhagem real. Em um raro caso de bom senso Henrique poupou sua jovem filha de ser decapitada como a mãe. Como se pode perceber foi nesse meio violento e hostil que Elizabeth cresceu. A monarquia inglesa era notória pelas mortes de nobres patrocinadas por outros nobres, geralmente familiares na luta pelo poder. Isso prova que dentre todos os sistemas existentes a monarquia é seguramente um dos piores.
Já Elizabeth, o filme, é um show aos olhos. Produção rica, de bom gosto, com figurinos deslumbrantes é aquele tipo de filme que marca e fica na mente do espectador pela beleza técnica de cenários, roupas e perfeita reconstituição de época. Cate Blanchett é um destaque em sua interpretação. Fisicamente parecida com a verdadeira Rainha ela dá um show de postura, elegância e sofisticação. Elizabeth I, que ficou conhecida na história como a "Rainha Virgem", era dura com os inimigos mas nunca se descuidava dos protocolos reais, o que incluía ter uma educação das mais finas e um código de comportamento que não poderia ser quebrado. Desfilando com réplicas perfeitas das melhores roupas reais da época - algumas que hoje em dia soam bem estranhas - a atriz de fato nos leva a acreditar que estamos vendo a própria Elizabeth em cada cena. O elenco de apoio também é excepcional com destaque para o sempre marcante Geoffrey Rush. Já Joseph Fiennes encarna com perfeição seu papel, um tipo que oscila entre a canalhice completa e o heroísmo inesperado. Em seu lançamento Elizabeth foi aclamado pela crítica e concorreu ao Oscar de Melhor filme perdendo infelizmente para outra produção de época, “Shakespeare Apaixonado”. Uma injustiça sem a menor sombra de dúvidas. Outra injustiça foi ter perdido os Oscars de Melhor Figurino e Direção de Arte - dois prêmios que eram dados como certos para o filme. No final levou apenas a estatueta de melhor Maquiagem mostrando mais uma vez como a Academia pode ser injusta em sua premiação. Isso não atrapalhou que o filme tivesse uma continuação chamada “Elizabeth e a Era de Ouro” ao qual falaremos aqui no blog em uma outra oportunidade. De qualquer modo fica a dica: Elizabeth, uma produção atual com o estilo das grandes produções do passado. Um belo retrato de uma das figuras históricas mais marcantes da Inglaterra.
Elizabeth (Elizabeth, Estados Unidos, 1998) Direção: Shekhar Kapur / Roteiro: Michael Hirst / Elenco: Cate Blanchett, Geoffrey Rush, Joseph Fiennes, Christopher Eccleston, Richard Attenborough / Sinopse: Cinebiografia da rainha inglesa Elizabeth I. Monarca em um época particularmente conturbada da história inglesa se destacou pelo pulso forte e firme na condução dos assuntos de Estado.
Pablo Aluísio.
sábado, 19 de julho de 2025
quarta-feira, 16 de julho de 2025
Rain Man
Assisti nos anos 80, só agora resolvi rever. É um filme muito bom, com uma atuação primorosa da dupla principal de atores, Dustin Hoffman e Tom Cruise. O astro mais popular de Hollywood na época interpretou esse jovem brigado com o pai que tenta ganhar a vida importando carros italianos luxuosos. Só que o negócio vai de mal a pior. Durante uma viagem com a namorada é informado da morte do pai. Ele então parte para o enterro e tem duas surpresas. A primeira é que o velho não lhe deixou praticamente nada, a não ser uma coleção de roseiras e um antigo carro dos anos 40. A outra surpresa é descobrir que o grosso do dinheiro (3 milhões de dólares) foi para um irmão que ele nem sabia existir. Um homem autista que vive em uma instituição psiquiátrica.
Assim Charlie (Cruise) vai até lá e acaba conhecendo o irmão Raymond (Hoffman) que como todo autista é capaz de fazer coisas incríveis com seu cérebro (como fazer cálculos complicados) ao mesmo tempo em que não consegue cuidar de si mesmo, fazer as coisas mais simples, como cuidar de sua alimentação, suas roupas, e agir de forma normal. Claro que com suas limitações ele também não consegue se relacionar normalmente com outras pessoas. O choque entre o irmão yuppie estressadinho, que só pensa em dinheiro e o irmão autista, com todos esses problemas, embora tendo um bom coração, é o grande atrativo do roteiro desse filme.
Tudo é desenvolvido com muita sutileza, mas também usando de momentos pontuais de bom humor. Um tipo de roteiro bem balanceado, algo raro hoje em dia. "Rain Man" (nome do amigo imaginário da infância do personagem de Cruise) rendeu uma excelente bilheteria e foi premiado com o Oscar de melhor filme naquele ano. O ator Dustin Hoffman também foi premiado (justamente) e o diretor Barry Levinson também levou a estatueta para casa. Só Tom Cruise ficou de mãos abanando! Nessa época ele procurava por seu tão cobiçado Oscar, mas parece que depois de um tempo desistiu dessa busca. Hoje se limita a fazer filmes populares de ação, como a franquia "Missão Impossível" pelos quais, obviamente, nunca, jamais, será premiado. Ossos do ofício.
Rain Man (Estados Unidos, 1988) Direção: Barry Levinson / Roteiro: Barry Morrow, Ronald Bass / Elenco: Tom Cruise, Dustin Hoffman, Valeria Golino, Gerald R. Molen / Sinopse: Após a morte do pai, Charlie (Tom Cruise) descobre que ficou sem nada, que seu pai não lhe deixou nada de valioso. Todo o dinheiro - uma pequena fortuna de 3 milhões de dólares - acabou indo parar nas mãos de um irmão que ele desconhecia até então, um homem chamado Raymond (Hoffman), portador da síndrome do autismo.
Pablo Aluísio.
Assim Charlie (Cruise) vai até lá e acaba conhecendo o irmão Raymond (Hoffman) que como todo autista é capaz de fazer coisas incríveis com seu cérebro (como fazer cálculos complicados) ao mesmo tempo em que não consegue cuidar de si mesmo, fazer as coisas mais simples, como cuidar de sua alimentação, suas roupas, e agir de forma normal. Claro que com suas limitações ele também não consegue se relacionar normalmente com outras pessoas. O choque entre o irmão yuppie estressadinho, que só pensa em dinheiro e o irmão autista, com todos esses problemas, embora tendo um bom coração, é o grande atrativo do roteiro desse filme.
Tudo é desenvolvido com muita sutileza, mas também usando de momentos pontuais de bom humor. Um tipo de roteiro bem balanceado, algo raro hoje em dia. "Rain Man" (nome do amigo imaginário da infância do personagem de Cruise) rendeu uma excelente bilheteria e foi premiado com o Oscar de melhor filme naquele ano. O ator Dustin Hoffman também foi premiado (justamente) e o diretor Barry Levinson também levou a estatueta para casa. Só Tom Cruise ficou de mãos abanando! Nessa época ele procurava por seu tão cobiçado Oscar, mas parece que depois de um tempo desistiu dessa busca. Hoje se limita a fazer filmes populares de ação, como a franquia "Missão Impossível" pelos quais, obviamente, nunca, jamais, será premiado. Ossos do ofício.
Rain Man (Estados Unidos, 1988) Direção: Barry Levinson / Roteiro: Barry Morrow, Ronald Bass / Elenco: Tom Cruise, Dustin Hoffman, Valeria Golino, Gerald R. Molen / Sinopse: Após a morte do pai, Charlie (Tom Cruise) descobre que ficou sem nada, que seu pai não lhe deixou nada de valioso. Todo o dinheiro - uma pequena fortuna de 3 milhões de dólares - acabou indo parar nas mãos de um irmão que ele desconhecia até então, um homem chamado Raymond (Hoffman), portador da síndrome do autismo.
Pablo Aluísio.
domingo, 13 de julho de 2025
Em Algum Lugar do Passado
Título no Brasil: Em Algum Lugar do Passado
Título Original: Somewhere in Time
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Jeannot Szwarc
Roteiro: Richard Matheson
Elenco: Christopher Reeve, Jane Seymour, Christopher Plummer, Teresa Wright
Sinopse:
"Em Algum Lugar do Passado" narra a estória de Richard Collier (Christopher Reeve), um escritor que volta ao passado para encontrar o amor de sua vida. Indicado ao Oscar de Melhor Figurino. Indicado ao Globo de Ouro de Melhor Trilha Sonora Original para John Barry.
Comentários:
O maior medo de um ator é ficar marcado para sempre por um único papel. Christopher Reeve tinha receios de nunca mais conseguir se desvincilhar de Superman. Para quem não sabe ele não era apenas um intérprete com ótimo visual. Era um profissional de nível, tendo se formado numa das mais prestigiosas escolas de arte dramática dos EUA, a Juilliard, que possui um dos mais rigorosos exames de admissão de todo o país. Para um ator tão talentoso era natural que ele procurasse desenvolver cada vez mais seu potencial. Desse modo quando surgiu a oportunidade de fazer "Em Algum Lugar do Passado" ele não deixou passar a oportunidade. O roteiro era baseado no romance de Richard Matheson, um autor muito eclético que conseguia produzir bem em vários gêneros diferentes. Matheson, por exemplo, escreveu também "A Casa da Noite Eterna", um clássico do terror e "O Incrível Homem Que Encolheu", outra obra prima da fantasia e Sci-Fi. Na trama, muito romântica e lírica, acompanhamos a estória de Richard Collier (Christopher Reeve). um escritor que volta ao passado para encontrar o amor de sua vida. Lida assim a sinopse parece bem surreal e sem muito sentido mas no filme funciona maravilhosamente bem. Afinal quem não gostaria de voltar no tempo para reencontrar a mulher que ama?
O elenco de "Em Algum Lugar do Passado" é maravilhoso. Além de Reeve, ótimo em cena por sinal, ainda tínhamos a bela Jane Seymour e o excelente e talentoso Christopher Plummer em uma de suas atuações mais sensíveis. Como se não bastasse tantas qualidades a trilha sonora marcou época, fazendo com que muitos casais apaixonados saíssem de mãos dadas do cinema com o lindo tema de Rachamaninoff ainda ecoando em seus ouvidos. Até hoje a obra é a preferida de seu diretor, o argentino Jeannot Szwarc que nunca mais dirigiu nada parecido com o filme, tendo se dedicado depois a outros gêneros, em especial à ficção e adaptações de quadrinhos para o cinema e a TV (dirigiu por exemplo Supergirl e anos depois Smallville, a bem sucedida série sobre Superman em seus primeiros anos). Em suma, se é uma linda estória romântica que você procura então pode assistir "Em Algum Lugar do Passado" sem receios. É um dos filmes mais românticos e ternos da história do cinema americano.
Pablo Aluísio.
Título Original: Somewhere in Time
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Jeannot Szwarc
Roteiro: Richard Matheson
Elenco: Christopher Reeve, Jane Seymour, Christopher Plummer, Teresa Wright
Sinopse:
"Em Algum Lugar do Passado" narra a estória de Richard Collier (Christopher Reeve), um escritor que volta ao passado para encontrar o amor de sua vida. Indicado ao Oscar de Melhor Figurino. Indicado ao Globo de Ouro de Melhor Trilha Sonora Original para John Barry.
Comentários:
O maior medo de um ator é ficar marcado para sempre por um único papel. Christopher Reeve tinha receios de nunca mais conseguir se desvincilhar de Superman. Para quem não sabe ele não era apenas um intérprete com ótimo visual. Era um profissional de nível, tendo se formado numa das mais prestigiosas escolas de arte dramática dos EUA, a Juilliard, que possui um dos mais rigorosos exames de admissão de todo o país. Para um ator tão talentoso era natural que ele procurasse desenvolver cada vez mais seu potencial. Desse modo quando surgiu a oportunidade de fazer "Em Algum Lugar do Passado" ele não deixou passar a oportunidade. O roteiro era baseado no romance de Richard Matheson, um autor muito eclético que conseguia produzir bem em vários gêneros diferentes. Matheson, por exemplo, escreveu também "A Casa da Noite Eterna", um clássico do terror e "O Incrível Homem Que Encolheu", outra obra prima da fantasia e Sci-Fi. Na trama, muito romântica e lírica, acompanhamos a estória de Richard Collier (Christopher Reeve). um escritor que volta ao passado para encontrar o amor de sua vida. Lida assim a sinopse parece bem surreal e sem muito sentido mas no filme funciona maravilhosamente bem. Afinal quem não gostaria de voltar no tempo para reencontrar a mulher que ama?
O elenco de "Em Algum Lugar do Passado" é maravilhoso. Além de Reeve, ótimo em cena por sinal, ainda tínhamos a bela Jane Seymour e o excelente e talentoso Christopher Plummer em uma de suas atuações mais sensíveis. Como se não bastasse tantas qualidades a trilha sonora marcou época, fazendo com que muitos casais apaixonados saíssem de mãos dadas do cinema com o lindo tema de Rachamaninoff ainda ecoando em seus ouvidos. Até hoje a obra é a preferida de seu diretor, o argentino Jeannot Szwarc que nunca mais dirigiu nada parecido com o filme, tendo se dedicado depois a outros gêneros, em especial à ficção e adaptações de quadrinhos para o cinema e a TV (dirigiu por exemplo Supergirl e anos depois Smallville, a bem sucedida série sobre Superman em seus primeiros anos). Em suma, se é uma linda estória romântica que você procura então pode assistir "Em Algum Lugar do Passado" sem receios. É um dos filmes mais românticos e ternos da história do cinema americano.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 10 de julho de 2025
Nunca te Vi, Sempre te Amei
A história é baseada em fatos reais e foi escrita em forma de romance pela própria autora Helene Hanff. O título nacional é equivocado. Não há um clima de romantismo ou paixão no ar entre os dois personagens principais. Ao invés disso temos uma amizade entre a escritora, aqui cliente da lojas de livros, e todos os demais empregados da pequena empresa. O nome original do filme (84 Charing Cross Road) traz justamente o endereço da livraria, afinal é um filme à moda antiga, do tempo em que as pessoas ainda se correspondiam através de cartas. Antes de virar filme esse enredo rendeu uma boa peça teatral que ficou alguns anos em cartaz em Nova Iorque e Londres. Sua origem teatral inclusive fica bem óbvia na narrativa que o roteiro imprime. Para um palco se mostra de fato ideal. Ambiente fechado, praticamente apenas dois cenários (Nova Iorque e Londres) e a força do texto declamado. Ideal para ótimos atores, principalmente os que tiveram formação nos palcos da vida.
Só que nesse duelo de interpretações quem acaba vencendo (mesmo utilizando esse termo de forma equivocada) é a americana Anne Bancroft. Sua personagem é mais rica em dramaturgia, tem mais personalidade, além de ser o principal foco de movimentação do enredo. Sempre fumando um cigarro atrás do outro, falando sem parar, com uma fina ironia na ponta da língua, ela acaba ofuscando o bom e velho Hopkins, que tem um personagem mais contido.
Aliás esse choque cultural nascido entre o modo de ser de uma nova-iorquina estressada e o estilo de vida mais pacato, educado e modesto dos ingleses forma a espinha dorsal narrativa do filme. No começo da história os ingleses ainda viviam em um sistema de racionamento muito severo. Assim qualquer presente que a escritora americana mandava - fosse um presunto ou enlatados em geral - acabava sendo comemorados pelos empregados da loja como verdadeiras dádivas. Nada mais comum em um país que ainda estava se recuperando dos escombros da II Guerra Mundial. Enfim, é isso. Uma boa película com o charme do cinema inglês aliado ao estilo mais cru e direto dos filmes americanos. De fato uma bela combinação cinematográfica.
Nunca te Vi, Sempre te Amei (84 Charing Cross Road, Inglaterra, Estados Unidos, 1987) Direção: David Hugh Jones (como David Jones) / Roteiro: James Roose-Evans, baseado no livro de Helene Hanff / Elenco: Anthony Hopkins, Anne Bancroft, Judi Dench, Maurice Denham / Sinopse: A história de amizade entre um vendedor inglês de livros e uma americana, leitora voraz de livros raros.
Pablo Aluísio.
Só que nesse duelo de interpretações quem acaba vencendo (mesmo utilizando esse termo de forma equivocada) é a americana Anne Bancroft. Sua personagem é mais rica em dramaturgia, tem mais personalidade, além de ser o principal foco de movimentação do enredo. Sempre fumando um cigarro atrás do outro, falando sem parar, com uma fina ironia na ponta da língua, ela acaba ofuscando o bom e velho Hopkins, que tem um personagem mais contido.
Aliás esse choque cultural nascido entre o modo de ser de uma nova-iorquina estressada e o estilo de vida mais pacato, educado e modesto dos ingleses forma a espinha dorsal narrativa do filme. No começo da história os ingleses ainda viviam em um sistema de racionamento muito severo. Assim qualquer presente que a escritora americana mandava - fosse um presunto ou enlatados em geral - acabava sendo comemorados pelos empregados da loja como verdadeiras dádivas. Nada mais comum em um país que ainda estava se recuperando dos escombros da II Guerra Mundial. Enfim, é isso. Uma boa película com o charme do cinema inglês aliado ao estilo mais cru e direto dos filmes americanos. De fato uma bela combinação cinematográfica.
Nunca te Vi, Sempre te Amei (84 Charing Cross Road, Inglaterra, Estados Unidos, 1987) Direção: David Hugh Jones (como David Jones) / Roteiro: James Roose-Evans, baseado no livro de Helene Hanff / Elenco: Anthony Hopkins, Anne Bancroft, Judi Dench, Maurice Denham / Sinopse: A história de amizade entre um vendedor inglês de livros e uma americana, leitora voraz de livros raros.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 8 de julho de 2025
Negócio Arriscado
Esse foi um dos primeiros filmes de sucesso da carreira do ator Tom Cruise. Só que não espere por algo muito especial. Na verdade é uma típica comédia dos anos 80. E isso hoje em dia significa tanto coisas boas, interessantes e nostálgicas, como também meio bobinhas, ultrapassadas pelo passar dos anos. Aqui Tom Cruise (bem jovem) interpreta um adolescente cujos pais decidem viajar. E ele fica sozinho em casa. Pronto, já pensou bem no que isso iria causar? Hoje em dia um roteiro desses, com um personagem jovem que praticamente vira um cafetão usando sua a casa dos pais como bordel iria dar o que falar, mas nos anos 80 tudo isso era visto com grande naturalidade. As comédias juvenis tinham mesmo esse tom de picardia.
Pois é, o personagem de Tom Cruise então transforma a casa em praticamente um bordel, com muitas garotas bonitas à disposição. Ele vê tudo não como uma farra inconsequente, mas sim como uma forma de ganhar dinheiro fácil e rápido, afinal sexo vende bem... e tem muitos consumidores interessados no tal produto. Então é isso. Foi uma bom cartão de visitas da carreira do Tom Cruise. Não foi o filme que iria colocar ele no topo das bilheterias, claro, mas serviu para mostrar aos produtores que aquele jovem ator tinha potencial.
Negócio Arriscado (Risky Business. Estados Unidos, 1983) Direção: Paul Brickman / Roteiro: Paul Brickman / Elenco: Tom Cruise, Rebecca De Mornay, Joe Pantoliano / Sinopse: Jovem garotão fica sozinho em casa quando seus pais viajam e decide que quer ganhar dinheiro rápido e fácil. Como? Enchendo a casa com lindas garotas á disposição.
Pablo Aluísio.
Pois é, o personagem de Tom Cruise então transforma a casa em praticamente um bordel, com muitas garotas bonitas à disposição. Ele vê tudo não como uma farra inconsequente, mas sim como uma forma de ganhar dinheiro fácil e rápido, afinal sexo vende bem... e tem muitos consumidores interessados no tal produto. Então é isso. Foi uma bom cartão de visitas da carreira do Tom Cruise. Não foi o filme que iria colocar ele no topo das bilheterias, claro, mas serviu para mostrar aos produtores que aquele jovem ator tinha potencial.
Negócio Arriscado (Risky Business. Estados Unidos, 1983) Direção: Paul Brickman / Roteiro: Paul Brickman / Elenco: Tom Cruise, Rebecca De Mornay, Joe Pantoliano / Sinopse: Jovem garotão fica sozinho em casa quando seus pais viajam e decide que quer ganhar dinheiro rápido e fácil. Como? Enchendo a casa com lindas garotas á disposição.
Pablo Aluísio.
sábado, 5 de julho de 2025
Cry-Baby
Título no Brasil: Cry-Baby
Título Original: Cry-Baby
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Focus
Direção: John Waters
Roteiro: John Waters
Elenco: Johnny Depp, Tracy Lords, Iggy Pop, Willie Dafoe e Amy Locane
Sinopse:
A cidade é Baltimore, o ano é 1954. Wade "Cry-Baby" Walker (Johnny Depp) é um "Teddy Boy" que lidera um grupo de outsiders. No bairro e na escola tem o sugestivo apelido de "Cry-Baby" justamente por causa de algo bem singular em si mesmo: ele chora apenas por um olho! Embora se faça de durão ele na verdade está apaixonado pela bela Allison Vernon-Williams (Amy Locane), uma garota rica que parece estar fora de seu alcance uma vez que seus parentes o odeiam. Afinal todos pensam que "Cry-Baby" é apenas um delinqüente juvenil sem qualquer futuro pela frente.
Comentários:
Acredito que pouquíssimas pessoas vão lembrar desse filme. A razão é simples: poucas pessoas viram "Cry-Baby" na época de seu lançamento. No comecinho da carreira o jovem Johnny Depp já colocava as asinhas de fora estrelando um filme do cineasta (e maluco de plantão) John Waters. Quem assistiu já sabe, o filme é todo fora do convencional. Tem até a ex estrela pornô Traci Lords, que foi colocada no elenco como provocação mesmo: na época várias pessoas da indústria pornô estavam sendo presas por causa dela (mas isso é uma outra história). Sinceramente não me lembro de ter visto Cry-Baby na TV. Acho inclusive que deve ser inédito até em dvd no Brasil (me corrijam se estiver enganado). É um filme raro e dificil de achar mas recomendo aos fãs do trabalho de Depp pois ele está impagável na pele de um personagem que mistura de uma vez só James Dean, Marlon Brando e Elvis Presley. Ele também canta no filme (e não é que o cara já cantava bem há mais de 20 anos!). Não é de se espantar já que ele mesmo se considera um músico frustrado que virou ator por necessidade. Enfim, para quem gosta do cinema subversivo de Waters, "Cry-Baby" é um prato cheio - de brilhantina é claro!
Pablo Aluísio.
Título Original: Cry-Baby
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Focus
Direção: John Waters
Roteiro: John Waters
Elenco: Johnny Depp, Tracy Lords, Iggy Pop, Willie Dafoe e Amy Locane
Sinopse:
A cidade é Baltimore, o ano é 1954. Wade "Cry-Baby" Walker (Johnny Depp) é um "Teddy Boy" que lidera um grupo de outsiders. No bairro e na escola tem o sugestivo apelido de "Cry-Baby" justamente por causa de algo bem singular em si mesmo: ele chora apenas por um olho! Embora se faça de durão ele na verdade está apaixonado pela bela Allison Vernon-Williams (Amy Locane), uma garota rica que parece estar fora de seu alcance uma vez que seus parentes o odeiam. Afinal todos pensam que "Cry-Baby" é apenas um delinqüente juvenil sem qualquer futuro pela frente.
Comentários:
Acredito que pouquíssimas pessoas vão lembrar desse filme. A razão é simples: poucas pessoas viram "Cry-Baby" na época de seu lançamento. No comecinho da carreira o jovem Johnny Depp já colocava as asinhas de fora estrelando um filme do cineasta (e maluco de plantão) John Waters. Quem assistiu já sabe, o filme é todo fora do convencional. Tem até a ex estrela pornô Traci Lords, que foi colocada no elenco como provocação mesmo: na época várias pessoas da indústria pornô estavam sendo presas por causa dela (mas isso é uma outra história). Sinceramente não me lembro de ter visto Cry-Baby na TV. Acho inclusive que deve ser inédito até em dvd no Brasil (me corrijam se estiver enganado). É um filme raro e dificil de achar mas recomendo aos fãs do trabalho de Depp pois ele está impagável na pele de um personagem que mistura de uma vez só James Dean, Marlon Brando e Elvis Presley. Ele também canta no filme (e não é que o cara já cantava bem há mais de 20 anos!). Não é de se espantar já que ele mesmo se considera um músico frustrado que virou ator por necessidade. Enfim, para quem gosta do cinema subversivo de Waters, "Cry-Baby" é um prato cheio - de brilhantina é claro!
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 3 de julho de 2025
Espantalho
Título Original: Scarecrow
Ano de Lançamento: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Jerry Schatzberg
Roteiro: Garry Michael White
Elenco: Gene Hackman, Al Pacino, Dorothy Tristan, Ann Wedgeworth, Richard Lynch, Eileen Brennan
Sinopse:
Dois homens, perfeitos estranhos entre si, se conhecem numa estrada poeirenta do meio oeste dos Estados Unidos. São andarilhos, em busca de uma carona que os levem até a cidade mais próxima. No fundo estão mesmo fugindo de seus passados, das decisões erradas que tomaram em relação às suas vidas.
Comentários:
Gene Hackman e Al Pacino, dois grandes atores, interpretam esses personagens que no fundo são pessoas perdidas na vida. O personagem de Hackman acabou de sair da prisão onde cumpriu pena por seis anos. Ele planeja abrir um car wash quando chegar na cidade de Chicago, mas seus planos parecem ser apenas sonhos, sem realidade concreta. É um homem desesperado, sem rumo, que cria planos nas nuvens. Já Pacino também interpreta um homem que fez as escolhas erradas. Ele abandonou sua esposa e seu filho, um garotinho, e agora quer voltar para casa... só que como era de se esperar, ele não seria mais bem vindo nela. O tema do filme é justamente esse, a das escolhas erradas, dos caminhos sem lugar de chegada, sem rumo e destino certos, do eterno vagar pelas estradas perdidas sem chegar a lugar nenhum. Um dos bons filmes da carreira desses dois grandes nomes do cinema norte-americano. A vida para algumas pessoas é mesmo tentar consertar os erros do passado, só que muitas vezes essas escolhas levam a caminhos sem volta, como no caso dos dois personagens centrais desse filme. Em suma, uma bela crônica sobre o passado e o destino, sem futuro promissor algum pela frente.
Pablo Aluísio.
Assinar:
Postagens (Atom)