domingo, 28 de setembro de 2025

Filmografia Mickey Rourke - Anos 80 e Anos 90


🎬 Década de 1980
Heaven’s Gate (O Portal do Paraíso) – 1980
Body Heat (Corpos Ardentes) – 1981
Diner (Quando os Jovens se Tornam Adultos) – 1982
Rumble Fish (O Selvagem da Motocicleta) – 1983
The Pope of Greenwich Village (Nos Calcanhares da Máfia) – 1984
Year of the Dragon (O Ano do Dragão) – 1985
9½ Weeks (9½ Semanas de Amor) – 1986
Barfly (Barfly – Condenados pelo Vício) – 1987
Angel Heart (Coração Satânico) – 1987
A Prayer for the Dying (Prece Para um Condenado) – 1987
Homeboy (Homeboy – Chance Para Vencer) – 1988
Johnny Handsome (Um Rosto Sem Passado) – 1989
Francesco (Francisco de Assis) – 1989
Wild Orchid (Orquídea Selvagem) – 1989

🎬 Década de 1990
Desperate Hours (Horas de Desespero) – 1990
White Sands (Areias Brancas) – 1992
Harley Davidson and the Marlboro Man (Harley Davidson e Marlboro Man) – 1991
The Last Outlaw (Os últimos Foras-da-Lei) -1993
FTW (Cúmplices do Desejo) - 1994
Fall Time (Fall Time - Brincando com o Perigo) - 1995
Bullet (Bullet) - 1996
Exit in Red (Sem título no Brasil) – 1996
Double Team (A Colônia) – 1997
Love in Paris (9 1/2 Semanas de Amor 2) - 1997
The Rainmaker (O Homem Que Fazia Chover) - 1997
Buffalo '66 (Buffalo 66) - 1998
Point Blank (Vingança à Queima-Roupa) – 1998
Thicker Than Blood (Mais Forte que a Amizade) - 1998
Thursday (Quinta-Feira Sangrenta) – 1998
Out in Fifty (Sem título no Brasil) – 1999
Shergar (O Cavalo Shergar) - 1999
Shades (Sem título no Brasil) – 1999
Animal Factory (Fábrica de Animais) – 1999

sábado, 27 de setembro de 2025

Subway

Título no Brasil: Subway
Título Original: Subway
Ano de Produção: 1985
País: França
Estúdio: Les Films du Loup, TSF Productions
Direção: Luc Besson
Roteiro: Luc Besson
Elenco: Christopher Lambert, Isabelle Adjani, Jean Reno, Richard Bohringer, Jean-Hugues Anglade, Jean-Pierre Bacrim

Sinopse:
Ao improvisar um roubo na casa de um magnata sombrio, Fred (Christopher Lambert) se refugia no universo hip e surreal do metrô de Paris e encontra seus habitantes variados, os capangas do magnata e sua jovem esposa desencantada. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.

Comentários:
É interessante notar como os filmes "envelhecem". Esse "Subway" parece tão envelhecido nos dias de hoje. Muito mais "velho" do que filmes que foram feitos nos anos 70, 60... Ecos de uma linguagem que procurava imitar a publicidade dos anos 80. Com isso tudo ficou terrivelmente datado. E pensar que na época em que o filme chegou aos cinemas tudo parecia ser o suprassumo da modernidade. Pois é, meus caros cinéfilos, ver o ator Christopher Lambert com penteado cyberpunk pelos subterrâneos de Paris era visto como algo ultra pós-modernidade. Hoje em dia tudo só soa mesmo bem antigo e fora de moda. Outro fato que chama a atenção é que Lambert conseguia com esse filme emplacar três sucessos na sua carreira. Os outros dois eram "Highlander" e "Greystoke", o que levou algumas apressadas e imoderadas revistas de cinema do Brasil elegerem o ator como o "astro da década". Menos, bem menos, até porque ele iria cair numa decadência em sua carreira que seria algo espantoso. Melhor rever Isabelle Adjani. Como ela era bonita! Provavelmente uma das atrizes mais bonitas da década de 1980, sem favor algum! De qualquer maneira se você tiver curiosidade em saber o que era exibido em cineclubes cult nos anos 80, esse "Subway" será um belo exemplo do tipo de filme que passava nesses ambientes.

Pablo Aluísio.

sábado, 20 de setembro de 2025

Nosso Amor de Ontem

Título no Brasil: Nosso Amor de Ontem
Título Original: The Way We Were
Ano de Lançamento: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Sydney Pollack
Roteiro: Arthur Laurents, Francis Ford Coppola
Elenco: Robert Redford, Barbra Streisand, Bradford Dillman, Patrick O'Neal, Murray Hamilton, Diana Ewing

Sinopse:
Dois jovens se conhecem na universidade e no começo não se dão muito bem. Ela é uma universitária ativista, muito ligada em política, enquanto ele é um cara bonitão, atleta e ligado em esportes. Ainda assim após um tempo começam a namorar. E depois de alguns anos na marinha ele retorna, tempos depois, para tentar reconstruir aquele belo relacionamento. 

Comentários:
Um filme romântico com aquele estilo dos velhos tempos. A publicidade dessa produção na época se baseou muito na união, pela primeira vez no cinema, de Robert Redford e Barbra Streisand, Duas pessoas bem diferentes. Ela era a preferida da crítica, representante jovem da classe artística judaica de Nova Iorque em Hollywood. Redford era o golden boy da indústria, um galã muito popular, o representante máximo do estilo dos antigos galãs made in USA. Curiosamente, embora tão diferentes em estilos, funcionaram perfeitamente no filme. Há química real nesse casal em cada cena. A trilha sonora também é muito boa, obviamente tendo a música tema do filme sendo cantada pela própria Barbra Streisand. Alguns dizem que o filme ficou com um estilo um pouco pesado demais, um dramalhão romântico um pouco fora do tom. Não penso assim. Assisti e apreciei o estilo do filme, sem dúvida um belo momento nas carreiras dessas duas grandes estrelas da história do cinema norte-americano. 

Pablo Aluísio.

sábado, 13 de setembro de 2025

Wall Street

Wall Street
Depois do grande sucesso de “Atração Fatal” o ator Michael Douglas resolveu unir forças com o polêmico diretor Oliver Stone. Ambos sempre foram ideologicamente muito próximos, seguindo a linha mais liberal e essa sincronia de pensamentos os levou a trabalhar juntos nesse “Wall Street”. O filme obviamente soava como uma crítica nada sutil aos executivos de Wall Street, o centro financeiro de Nova Iorque. Lá, onde fortunas eram ganhas praticamente da noite para o dia, convive uma série de "tubarões" do sistema capitalista americano, entre eles um dos mais agressivos é justamente Gordon Gekko (Michael Douglas), um sujeito sem qualquer escrúpulo que está mais interessado em especular e ganhar rios de dinheiro a todo custo, mesmo que de modo fraudulento, do que qualquer outra coisa. Do outro lado surge um recém chegado naquele mundo, o jovem Bud Fox (Charlie Sheen), que não demora a entender as regras do jogo naquele ambiente hostil e realmente selvagem.

Por falar em Charlie Sheen o ator era na época de “Wall Street” um dos mais promissores astros da nova geração de Hollywood. Ele havia estrelado o sucesso “Platoon” com o mesmo diretor Oliver Stone e na época era apontado, ao lado de Tom Cruise, como um dos grandes mega astros do futuro. O problema é que enquanto Cruise fazia de tudo para manter sua vida pessoal e imagem na linha, Sheen seguia o caminho oposto se envolvendo em escândalos com esquemas de prostituição e drogas, afundando suas pretensões de virar realmente uma estrela de cinema de primeira grandeza. Já Oliver Stone encontrou aqui um palco adequado para dar mais uma vez seu recado. Profundo contestador do sistema americano ele aqui centra fogo contra o lado mais desumano do capitalismo ianque, criticando dentro de sua estória um regime onde muitos não possuem quase nada e pouquíssimos se esbaldam em luxos e riqueza (muitas vezes sem nada terem feito de concreto para isso). Com sua visão política apurada Oliver Stone logo virou alvo de muitas críticas mas isso no fundo não importa pois o que sobressai no final é o fato de que o filme “Wall Street” é realmente muito bom, se tornando ainda hoje muito atual.

Wall Street – Poder e Cobiça (Wall Street, Estados Unidos, 1987) Direção: Oliver Stone / Roteiro:  Stanley Weiser, Oliver Stone / Elenco: Michael Douglas, Charlie Sheen, Tamara Tunie, Franklin, Martin Sheen / Sinopse: No mundo de Wall Street um velho e um novo especulador tentam enriquecer dentro do milionário mercado de ações da economia americana.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

O Poderoso Chefão

O Poderoso Chefão
Nesse ano "O Poderoso Chefão" completa 40 anos. Um dos grandes clássicos da história do cinema americano o filme segue inspirando cineastas e conquistando novas gerações. Baseado na obra imortal do escritor Mario Puzo o filme resistiu muito bem ao tempo mesmo revendo nos dias atuais sob uma ótica mais contemporânea. E pensar que o projeto quase foi arquivado pela Paramount por achá-lo fora de moda e sem chances de trazer grande retorno de bilheteria. Apenas a persistência pessoal do produtor Robert Evans salvou o filme, pois insistiu muito na idéia de trazer do papel para a tela a saga da família Corleone. Até a escalação do elenco gerou brigas internas dentro do estúdio. A simples menção do nome de Marlon Brando já causava arrepios na direção da Paramount. O ator era considerado naquele momento um astro decadente que havia arruinado sua carreira com brigas e confusões nos sets de filmagens pelos quais passou. Além de seu temperamento imprevisível Brando já não era mais visto como sinônimo de bilheteria há muito tempo pois suas últimas produções tinham se tornado grandes fracassos de público e crítica. 

A Paramount definitivamente não queria nem ouvir falar no nome do ator. Foi Evans que comprou a briga e apostou em Brando novamente. Ele inclusive teve que se passar por uma verdadeira humilhação para um nome de seu porte: fazer um teste de câmera para o papel, algo só destinado para novatos e inexperientes atores em começo de carreira. Como estava desesperado para voltar ao primeiro time Brando topou a situação, encheu as bochechas de algodão e mostrou sua visão pessoal de Vito Corleone para os chefões do estúdio. O resultado veio logo após quando todos ficaram maravilhados com o resultado. Certamente não havia mais dúvida e Brando foi contratado. Visto hoje em dia o filme se mostra muito atual e resistente ao tempo. Um de seus trunfos vem justamente da brilhante interpretação de Brando. Como conta em seu livro o ator não interpretou Corleone como um facínora e criminoso mas apenas como um pai de família que fez o que tinha que ser feito para proteger seus filhos. Brando inclusive chega a afirmar que Corleone seria mais ético e honesto do que muito executivo de multinacional que coloca os interesses de sua empresa acima do bem comum de todos. Sua postura de respeito com o personagem se mostrou muito acertada. No final todos ficaram gratificados. 

"O Poderoso Chefão" que foi realizado ao custo de meros seis milhões de dólares rendeu mais de trezentos milhões em bilheteria. Além disso foi premiado com os Oscars de Melhor Ator (Marlon Brando), Melhor Filme e Roteiro Adaptado e foi indicado aos de Ator Coadjuvante (James Caan, Robert Duvall e Al Pacino), Figurino, Direção, Edição, Trilha Sonora e Som. Um êxito sem precedentes. O Oscar de melhor ator para Marlon Brando aliás foi recusado por ele por causa do tratamento indigno que o cinema americano dava aos povos indígenas. O ator mandou uma atriz interpretar uma jovem índia na noite de entrega do prêmio, fato que causou muitas reações, inclusive de membros da Academia como John Wayne que quis entrar no palco para acabar com aquilo que em sua visão era uma "verdadeira palhaçada"! Quem pode entender os gênios como Brando afinal? Enfim escrever sobre "The Godfather" é secundário. O mais importante mesmo é assistir a essa grande obra prima de nosso tempo.  

O Poderoso Chefão (The Godfather, Estados Unidos, 1972) Direção: Francis Ford Coppola / Roteiro: Francis Ford Coppola, Mario Puzo / Elenco: Marlon Brando, Al Pacino, James Caan, John Cazale, Richard Conte, Robert Duvall, Diane Keaton. / Sinopse: "O Poderoso Chefão" conta a saga de uma família de imigrantes italianos liderados pelo grande patriarca Dom Vito Corleone (Marlon Brando).  

Pablo Aluísio.

sábado, 30 de agosto de 2025

Manhattan

Título no Brasil: Manhattan
Título Original: Manhattan
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos
Estúdio: Jack Rollins & Charles H. Joffe Productions
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen, Marshall Brickman
Elenco: Woody Allen, Diane Keaton, Meryl Streep, Mariel Hemingway

Sinopse:
Isaac (Woody Allen) é um sujeito muito mal resolvido na vida sentimental. Ele acabou de se divorciar de Jill (Meryl Streep) mas não consegue cortar os laços afetivos com ela. Ao mesmo tempo está indeciso entre qual mulher ficará, Mary (Diane Keaton) ou Tracy (Mariel Hemingway), uma jovem estudante? No meio de tantas dúvidas resolve escrever um livro sobre aspectos pessoais de sua própria vida. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Mariel Hemingway) e Melhor Roteiro Original (Woody Allen, Marshall Brickman). Também indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Filme - Drama.

Comentários:
Um dos filmes mais queridos da carreira de Woody Allen. Por essa época o diretor e ator já estava deixando completamente de lado sua imagem de humorista trapalhão para assumir uma postura bem mais cult e intelectual. "Manhattan" é bem isso. Uma tentativa (muito bem sucedida, aliás) de ser visto finalmente como diretor autoral, com conteúdo, que tinha algo relevante a dizer. Hoje em dia Allen está fazendo uma verdadeira tour mundial realizando filmes em diversas cidades mundo afora mas não é segredo para ninguém que ele ama mesmo é a cosmopolita Nova Iorque. Quem duvida ainda da afirmação precisa ver (ou rever) esse filme para entender. Allen adota um tom de carinho mesmo pela cidade, fazendo um painel muito amoroso com os recantos da grande maçã. Já em relação ao roteiro, sobre um homem de quarenta e poucos anos envolvido em diversos problemas amorosos não podemos deixar de fazer uma ligação com a própria vida do diretor. Os filmes de Allen sempre foram em maior ou menor grau apenas autobiografias disfarçadas em celuloide. Recentemente o diretor foi acusado por um de seus filhos adotivos de ter mantido relações indecorosas quando ela ainda era menor de idade. Pois bem, nesse roteiro Allen também se vê apaixonado por uma garota de apenas 17 anos! A vida imita a arte? Quem sabe...

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Carruagens de Fogo

Título no Brasil: Carruagens de Fogo
Título Original: Chariots of Fire
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Hugh Hudson
Roteiro: Colin Welland
Elenco: Ben Cross, Ian Holm, John Gielgud, Brad Davis, Ian Charleson, Nicholas Farrell

Sinopse:
A história, contada em flashback, mostra dois jovens velocistas britânicos que competem por fama e reconhecimento nos Jogos Olímpicos de 1924. Eric Liddell (Ian Charleson) é um missionário escocês devoto, que se dedica aos esportes para agradar ao seu Deus. Já Harold Abrahams (Ben Cross) procura ser aceito dentro da sociedade inglesa mais tradicional uma vez que suas origens judaicas o impede de ser bem recebido em certos setores da esnobe alta sociedade de Cambridge. Filme baseado em fatos reais.

Comentários:
Apesar de consagrado na Academia, onde foi indicado a sete Oscars, vencendo em quatro categorias (Melhor Filme, Roteiro, Figurino e Trilha Sonora), o filme nunca conseguiu se tornar uma unanimidade perante o público. Todos os ingredientes para um grande filme parecem estar presentes mas o cineasta Hugh Hudson não conseguiu imprimir um bom ritmo à película que sofre de vários problemas no desenvolvimento de seu enredo. Aliás essa sempre foi uma crítica presente em praticamente todos os filmes do diretor. Hudson parece vacilante em vários momentos, sem saber direito que rumo tomar, algo que se tornaria um grave problema em um de seus filmes seguintes, o mega fracasso "Revolução" com Al Pacino, que praticamente enterraria suas pretensões de dirigir filmes de grandes orçamentos ao longo do resto de sua carreira (nenhum estúdio tinha mais coragem de arriscar verdadeiras fortunas em filmes assinados pelo diretor). De qualquer forma alguns aspectos salvam "Chariots of Fire" do esquecimento, o mais forte deles a inesquecível trilha sonora de Vangelis, até hoje presente em quaisquer daquelas coletâneas do tipo "Os maiores sucessos do cinema" e similares. No geral é um bom filme, com história edificante e inspiradora, embora tenha passado longe de se tornar uma verdadeira obra prima merecedora de todos os Oscars que venceu.

Pablo Aluísio.